sábado, 16 de fevereiro de 2013

Coqueluche: a "coqueluche de momento"

Pois é. Modas, modismos, tendências para as mais diversas áreas e costumes tem um tratamento popular de “coqueluche” ou “coqueluche do momento”.

Acredito que seja uma herança semântica dos tempos em quem esta doença alcançava rapidamente grandes áreas e assolava a muitos.

Mas, pasmem: A coqueluche está aí e com força total. Não, não foi erradicada, como pensam boa parte dos leitores.
Em Natal, no Rio Grande do Norte, a situação está crítica. Em um hospital da rede privada que eu mesma tive a oportunidade de visitar, há um número considerável de pacientes infectados e alguns internados na UTI.

A Organização Mundial de Saúde – OMS (2010) afirma ter aumentado o número de casos no Brasil de maneira significativa. E na América Latina este aumento é de três vezes mais, em um período de cinco anos.

A coqueluche, também conhecida por “tosse dos cem dias” ou “tosse comprida”, é uma doença bacteriana causada pela Bordetella pertussis. Os sintomas são tosse incessante, produção importante de secreção e cianose, principalmente perioral (ao redor dos lábios).  A cianose se dá pela queda da demanda de oxigênio decorrente da tosse contínua. O maior perigo é com as crianças, especialmente os recém-nascidos. Estes, além de não estarem com o esquema vacinal completo (e, por isto, mais susceptíveis) não desenvolveram ainda a eficácia no processo de expectoração, correndo o risco de broncoaspiração.

O contágio se dá por via aérea: gotículas expelidas pelo doente através da tosse, da fala, do espirro.

Mesmo debelado o fator causador (microorganismo), o quadro de tosse permanece por mais de três meses. Por isto, “tosse dos cem dias”.

Além das crianças, os adultos e idosos têm sido alvo da coqueluche também. Neste caso, motivo mais provável é o fato de que a validade da vacina esteja vencida.

Assim, cabe a nós promover, educar para a prevenção: Manter o esquema de vacinação em dias; evitar lugares fechados, lavar as mãos, manter hábitos de higiene, evitar levar crianças em pronto-socorros em casos que não sejam de urgência/emergência; e, se possível, usar pratos, copos e talheres exclusivos.

E que a “coqueluche do momento” seja o movimento de debelar a coqueluche.








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